
Ela não entende o porquê de um tênis no meio do chão do quarto. Não entende por que não passo uma aguinha no copo depois que uso. Não entende, principalmente, o gosto que tenho em usar alguns de seus pertences —mesmo tendo os mesmos (de cor diferente) no guarda-roupa.
Ela é linda, elegante e educada. Brava, exigente, perfeccionista e crítica. É daquelas que não precisa nem de xingar. Lança o olhar e.... Já sei. Relaxa. Já vou tirar a toalha de cima da cama. rs!
Deseja tudo de bom e o melhor a todos. Reconhece esforços. Admira muito, mas não mima. E seu "muito bem" já vale por todos os aplausos do mundo.
De inteligência emocional admirável e simples filosofia de vida: "sempre há o lado bom da coisa ruim; nada contece por acaso; mentalize o positivo; respire fundo....; conserte a postura; faça yoga; leve uma jaquetinha. Hoje vai fazer frio."
Há quase 28 anos desenvolve um papel difícil. Tarefa árdua, desgastante, porém louvável e gratificante (acho, rs!). Deve ter graduação em Paciência, mestrado em Separar Briguinhas de Criança e PHD em Administração de Conflitos. (Como demos/damos trabalho!)
Por isso, e por ser quem simplesmente é, merece o melhor do mundo. Não há dúvidas. Somos partes diferentes, mas, ao mesmo tempo, um todo.
E tudo começou no cordão umbilical. Sem data para acabar.
Apenas uma para comemorar (simbolicamente): o segundo domingo de maio. Porque, para mim, todo dia é Dia das Mães!
Foto: Pedro Olivença (olhares.com)