Recentemente, visitei um vilarejozinho próximo à Serra do Cipó, destino turístico de muitos mineiros que querem relaxar (ou se aventurar) perto de Belo Horizonte. Chegar ao destino final — Lapinha da Serra — não foi fácil. O mapa que tinha era muito sucinto e, de repente, me deparei com bifurcações e mais de 40 quilômetros de terra. Tensão. No entanto, de acordo com as pessoas para as quais eu perguntava se estava no caminho certo, não havia motivo para preocupação. "É só seguir reto."
No estado de Yucatán, onde visitei várias cidades em um esquema "mochila", para chegar aos sítios arqueológicos era só ir também "derecho". "Siempre derecho, sí. Derechito!" Tragicômico. Quando eu e meus amigos parávamos para perguntar, já sabíamos a resposta. Era rir para não chorar. À certa altura, eu já nem me preocupava se iríamos chegar ou não ao que já tinha sido a cidade dos maias. Ficava só observando o movimento pacato na rua, os nomes engraçados das lojas, além da pratinha nos dentes de quase todos que nos ajudaram a ir "derecho".