quarta-feira, 16 de junho de 2010

A figura letã em imagens

Para quem ficou com curiosidade de conhecer a Kristine, seguem algumas fotos belíssimas (tiradas por alguns amigos). E, para quem quer saber o que ela achou dos post, um trechinho de um e-mail: OMG, you made my day. Your blog was the first thing I read while I was drinking my morning tea in my brand new 0,7 l cup. :D That was so funny to read about myself from someones point of view. I couldn`t understand only few things but my friend Google Translator helped me. :) (...) About blog, I think I got inspired from yours so maybe I`ll start to write something.






quarta-feira, 9 de junho de 2010

Kristine: uma letã no Brasil


"What´s the difference between claro, certo e com certeza?" "Today a saw a man riding a horse at Cristiano Machado." "There is only one person in every car I see." "Is there any plaza around here where I can just lay down to read a book?" Before the answers: can I laugh, Kristine? Rs, rs!

Normais para nós, tais fatos, no começo, causaram estranhamento em Kristine Apine, uma simpática letã que veio parar em Belo Horizonte em setembro de 2009. Isso mesmo: letã, aquela que nasce na Letônia, país ex-membro da união soviética — perto da Estônia e da Lituânia, you know? Não, né? Ok, então let´s Google it! No mapa: Latvia e sua capital, Riga. (Em praticamente todas as vezes que se apresenta, a reação das pessoas é de "onde fica isso?")


Exibir mapa ampliado

Pois é. Casada com brasileiro (meu brālis, no caso), ela agora se acostuma ao jeitinho e manhas do nosso país. Neste momento, precisamente, em Vitória/ES, lugar que “seems to be safer than BH”, segundo ela em primeiro e-mail após a mudança. “We walk a lot. There is no need of using car. There is a place close to the beach where I can walk alone even late.”

À primeira vista, ela não é assim tão exótica, como muitos podem pensar ser uma letã. Talvez eu já tenha me acostumado, claro. Se bem que acho que uma segunda olhadela já faz pensar: essa pessoa não é daqui.

É vaidosa à sua maneira. Ao contrário das brasileiras, não se preocupa excessivamente com a imagem, roupas, acesórios, salão... Pelo que sei, ela mesma corta seu cabelo e confecciona as pulseiras que usa. A aliança de prata está no colar, por conta do trabalho de mergulhadora que desempenhou com o marido numa ilha da Grécia. (Para não correrem o risco de perdê-la, preferiram não colocar na mão. Compõe o estilo meio hippie.)

Além de letão, fala russo, inglês e tem noções de polonês, finlandês (já foi babá de finlandesa) e, imagino eu, de grego e espanhol. O português também já está encaminhado. Pelo menos a gramática foi comprada! Em breve, deve frequentar um curso. Afinal, não tem nada a ver com português essa língua que prolonga algumas vogais! Não se diz Kristine, por exemplo. Se diz Kristiiiiiiine, porque o i leva um acento que nem sei achar no nosso teclado.

Aquela coisa de "com o tempo pega" pode funcionar com inglês e espanhol, mas com português, sendo letã...ah, duvido! Para ter noção, a dedicatória que ela escreveu em um livro que me deu de presente: "Daudz laimes. Dzisanas diena! Velan visu to labako!" (Com circunflexo ao contrário em algumas letras e um tracinho em cima de algumas vogais!) Esqueci de anotar o significado, mas deve ser algo semelhante a parabéns, feliz aniversário ou muitas realizações!

Desde que chegou, alguns fatos chamaram sua atenção:
- Segundo dia no Brasil: óculos escuros furtados! Ao voltar à loja onde havia experimentado roupa e esquecido os óculos, cadê? Já era. Tudo bem que não era de grife (ela não é dessas). Mas tinha um grande carinho por eles.
- No quesito mulheres: "É impressionante como todas as brasileiras têm bunda."
- No quesito comunicação: "Quase todos entendem inglês, mas por que não se aventuram a falar?"
- Nos primeiros meses: "Nunca estive em um lugar no qual chovesse tanto!" (De molho, em casa, por vários dias, tadinha.)
- No bar onde trabalhou como garçonete, o cliente, estressado, pergunta pelo chope "daquele jeito". Resposta: "Calma, relaxa a cabeça (c/ sotaque, óbvio)".

Aos poucos, ela conta curiosidades sobre a Letônia, país de apenas 2 milhões de habitantes. Para mim, o Dia do Nome é uma das particularidades mais engraçadas. No calendário letão, há dias que homenageiam os nomes próprios das pessoas. Algum dia de fevereiro, se não me engano, foi o dia do nome Ilona (como se chama uma de suas amigas). E rola comemoração como se fosse aniversário. Todas as Ilonas da Letônia celebraram esse dia, inclusive ela e a amiga, que também está no Brasil. Só não sei se rolou presente.

Bom, fora o fato de que em sua certidão de nascimento o país registrado não existe mais (URSS), há muitas outras curiosidades que envolvem essa figura, que é também inteligente, engraçada e criativa. Acho que só conhecendo mesmo para ter noção.
Já falei para ela fazer um blog sobre os contrastes entre Brasil e Letônia. Até cheguei a criar um com ela: mushroomsandbananas.wordpress.com — o nome faz referência a alimentos que encontramos em abundância nos dois países. Mas ela ainda não começou a escrever.

Além desse, meu incentivo também vai para o auladerusso.wordpress.com. Lembra que criamos, Kristine? Esse é bom para você vender seu peixe. Aposto que é a única letã em Vitória! Vai fazer sucesso e abrir uma escola, hein?! Tô sentindo.

Só não arrisco a dizer que você é a única letã do Brasil porque a Ilona está aqui, né? Rs! Será que há mais letões (ou letoneses, como diz a galera) em terras brasileiras? De qualquer maneira, um futuro verde e amarelo te espera, garota. You know we looove foreigners here!

Ps: posso colocar aquelas suas fotos artísticas aqui? If you didn´t understand a word, tell me, okay? Haha! I can translate it.